Quem não quer uma cerveja com aroma e sabor acentuado, daquelas de impressionar? A experiência de apreciar uma boa cerveja começa pela sua aparência, seguida pelo aroma. Esse contato é capaz de revelar muito sobre a bebida, sua qualidade, características e insumos presentes em sua receita. 

Protagonista da história

O lúpulo Ã© uma espécie de planta trepadeira que, há séculos, é um dos principais ingredientes utilizados na produção da cerveja.  O amargor característico dessa bebida, assim como parte dos seus aromas e sabores, provém desta planta. Ela contribui ainda para a estabilidade e aderência da espuma. As suas propriedades antibacterianas também são conhecidas, fazendo com que o lúpulo começasse a ser adicionado à cerveja nos séculos XIV e XV, protegendo-a de contaminações microbiológicas.

A forma mais comum de adição do lúpulo é no início da fervura do mosto – a mistura de água com açúcares extraídos do malte que é fermentada para originar a cerveja. Ao ferver, a resina do lúpulo libera substâncias amargas (as isohumulonas) que equilibram o sabor adocicado do malte: quanto mais isohumulonas a cerveja possui, mais amarga ela é. Amargor que é expresso em IBU (International Bitterness Unit).

Alguns tipos de lúpulo, porém, possuem baixa concentração de isohumulonas. Eles ainda assim potencializam o sabor e o aroma da cerveja (por isso são chamados lúpulos aromáticos) mas precisam ser adicionados à receita de outra forma. Uma das possibilidades é inserir após a fervura do mostro e a outra é quando o mosto já está frio. Esse último processo é chamado de dry hopping.

O que é dry hopping ?

 O dry hopping Ã© uma técnica utilizada na produção de cerveja para potencializar o aroma. O processo consiste, basicamente, na adição de lúpulo depois que o mosto já foi resfriado.  O objetivo principal é extrair os óleos essenciais do lúpulo que acabam se perdendo quando fervidos no mosto.

Como funciona o processo?

 Apesar de, nos seus primórdios, o dry hopping ter sido aplicado diretamente nos barris de cerveja, em sua forma original de planta, hoje a aplicação é feita quando a cerveja ainda se encontra nos tanques de maturação. A forma mais comum é adicionar diretamente o lúpulo em formato de pellets Ã  cerveja, sem uso de hop bag ou outro tipo de filtro.

Estilos comuns

O estilo que mais usa o dry hopping na sua elaboração é a cerveja IPA (Indian Pale Ale) que tem um carácter assumidamente lupulado. No entanto, a técnica pode ser utilizada em todos os tipos de cerveja, em que o aroma de lúpulo mais acentuado seja desejado.

Atualmente todas as cervejas APA, IPA e Vivas da Cervejaria Santa Catarina passam por dry hopping em ua produção.

E aí, conta para a gente: você conhecia esse método de produção?

Encontre todos os produtos mencionados em encheocopo.com.